Friday, May 22, 2009

finalmente subiram juntos, e estava acompanhada enquanto os via

foi um sonho, dos raros sonhos que demonstram bem o que finalmente se solta do inconsciente.
a subida era íngreme e eles iam, um muito magro, o outro quase invisível, lado a lado. subiam juntos, um ajudado pelo outro, como terá sido o meu desejo indizível para aquela tarde. eu ia numa curva de nível mais abaixo, observando e estudando-lhes os passos e as formas, e ia acompanhada.
quando chegaram lá acima, de repente estávamos todos (e muitos mais, de certeza pelo menos os que estiveram no cais) no Largo do Carmo, o que me fez rir quando acordei.

Friday, May 15, 2009

iglu me

it may be on a rugby field, on the sand of a river bank, on a bed of coriander. and i can now see foggy gardens in the fall, with the earth smell and a thousand of flowers falling like rain from the sky. there is also stone wet paths to cross together and little romantic tunels in this garden, and places to eat berries and drink from flowers at sunrise. days of distance run like squarils

Tuesday, May 05, 2009

deixar as pedras a descansar

andava à procura de uma pedra bonita para oferecer. apanhei uma pedra junto ao mar. era preta e tinha uma risca branca à volta, mas de um lado da pedra a risca não estava unida; estava afastada uma da outra. a pedra era bonita mas, para oferecê-la, o script seria rebuscado. estava nesta sensação entre a invenção de um script para dar sentido à risca da pedra e a cena do rebuscado, quando apareceu um homem com ar de "esse brinquedo é meu". perguntei, "querias esta pedra, era?", e ele, "era, ofereceram-ma" (devia tê-la deixado cair ou a repousar por momentos e agora vinha buscá-la). entreguei-a quase aliviada, ele agradeceu e foi a correr. depois pensei que não preciso de pedras para oferecer; preferia partilhar este lugar (e aquela luz e aquele dia) com pedras a descansar na maré vazia